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Tomar café faz parte da cultura do brasileiro

Preto, com leite, expresso, pingado, cappuccino ou com chantilly. Em xícara ou em um copo. Não importa como e onde o café é servido, a bebida continua sendo uma das preferidas do brasileiro. O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Só no ano passado, mais de 20 milhões de sacas foram industrializadas. Por fazer parte do dia a dia das pessoas, a Associação Brasileira da Indústria (ABIC), criou o Dia Nacional do Café, comemorado hoje.

Mudanças de hábito em relação ao brasileiro fez com que o brasileiro começasse a ingerir o produto fora de suas casas. Trinta e seis por cento do consumo total do ano passado foi feito em cafeterias, restaurantes e padarias.

O consumo de cafés porcionados, aqueles feitos com sachês ou em cápsula, ou aquele tradicional feito em grãos para uso em máquinas automáticas e profissionais tiveram um crescimento acima de 20% ao ano. No entanto, esse tipo de consumo representa a menor parte do mercado.

Uma pesquisa realizada pela AC Nielsen, nos anos de 2012 e 2013 mostrou que as cápsulas estão presentes em 0,6% dos lares. Os consumo e o mercado de café também chegaram à internet. As lojas virtuais possibilitam que o consumidor de qualquer canto do Brasil possa adquirir cafés produzidos no Brasil e em outros países do mundo. Também é possível comprar equipamentos.

O Brasil é hoje o maior produtor de grãos especiais e de alta qualidade do mundo. Desde 2006, também é ofertado para os consumidores os cafés gourmet.

Programas de qualidade

Em 1989, a ABIC criou o Selo de Pureza. Com isso, foi possível acompanhar as tendências de consumo, criando ferramentas que auxiliassem as indústrias a posicionar melhor seus produtos. Em 2004, foi lançado o Programa de Qualidade do Café (PQC) que criou as categorias de produto Tradicional, Superior e Gourmet e do Programa Café Sustentável do Brasil (PCS), de 2006, que certifica a produção sustentável do café desde a fazenda até a indústria.

Pausa para o café

O café em seus diferentes preparos é sempre um convite para uma reunião com os amigos. Essa é a definição dada pela assistente técnica Eliane Prestes da Silva, que junto a duas amigas parou em uma padaria da cidade para tomar o seu cappuccino. "Pelo menos cinco dias da semana eu paro em uma padaria, seja sozinha ou com amigos, e peço a bebida", conta. Para ela, além de poder jogar conversa fora, um café é ideal para fechar negócios. "Sempre que recebemos um amigo ou alguém para uma conversa mais formal, oferecemos um cafezinho. Faz parte do cotidiano do brasileiro", concluiu.

Priscila Souza, servidora pública, contou que junto de sua amiga Eliane sempre troca o almoço por um cappuccino. "É bastante informal, é divertido, não tem como não gostar do café."

Na padaria onde as amigas tomavam café são servidos por dia, em média, 150 cafés preto, 80 cappuccinos e 200 pingados. "Antes o consumo era mais por parte dos homens, coisa que mudou muito nos últimos anos. Hoje, a ingestão está balanceada entre os sexos", informou Fernanda Galheira Martin, gerente da padaria. Segundo ela, onde ela trabalha, as bebidas são mais servidas de manhã, depois do almoço e à tarde. "Na parte superior, onde funciona o restaurante, sempre que os clientes terminam as refeições pedem um cafezinho, que acompanha uma trufa."

Depois de almoçar com um grupo de amigos, Benedito da Rocha Camargo Junior pediu uma xícara de café. Produtor de café há 30 anos, ele não dispensa a bebida depois da refeição. "É um costume que vem de família. O interessante que os jovens estão consumindo bastante café, coisa que era mais difícil de se ver." Como produtor, ele exporta a mercadoria para vários países. "O Brasil consome bastante. Mas, na hora de vender, quem compra mais são os Estados Unidos", afirmou.

Na mesma mesa de Camargo Junior estava José Carlos Barbosa Júnior, diretor do escritório Regional da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de São Paulo, que, ao falar sobre café, lembra de com sua avó preparava a bebida no fogão à lenha. "Ficava sempre a chaleira, na boca de trás do fogão. É uma bebida que faz parte da vida de todos. O café sempre resume uma amizade", afirmou.

É hábito do engenheiro civil José Augusto tomar um café depois do almoço. "Sempre tomo de manhã e à tarde, é muito bom tomar um cafezinho com os amigos. A conversa fica mais interessante", concluiu.

FONTE: 24/05/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno B

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